Silvio Santos era banqueiro e quase foi à falência após rombo de R$ 4 bilhões
O Grupo Silvio Santos anunciou em 2011 a venda da totalidade das suas ações no PanAmericano para o Pactual, em uma transação avaliada em R$ 450 milhões. A negociação foi realizada com sucesso. Essa venda marcou um novo capítulo na história do PanAmericano desde então, após enfrentar uma crise no mesmo ano, com descoberta de fraudes que geraram prejuízos estimados em cerca de R$ 4 bilhões, valor superior ao divulgado inicialmente, de R$ 2,5 bilhões.
As fraudes ocorreram devido à venda de partes da carteira de crédito do banco a outras instituições financeiras, sem o devido registro contábil. Essa prática levou o PanAmericano a contabilizar recursos inexistentes, gerando um rombo financeiro significativo.
Intervenção de Silvio Santos
A situação só não resultou na quebra do banco graças à intervenção do Grupo Silvio Santos, que assumiu integralmente a responsabilidade pelo problema e ofereceu seus próprios bens como garantia para obter um empréstimo no valor do prejuízo junto ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Em dezembro de 2009, a Caixa Econômica Federal adquiriu 49% do controle e 36,56% das ações totais do PanAmericano, o banco seguiu no negócio até 2021, quando vendeu todas as suas ações. Na época, a Caixa foi criticada por adquirir uma instituição com problemas, mas se defendeu afirmando que uma auditoria havia sido realizada antes da transação.