Se isso acontecer, é hora de você procurar um novo posto de combustível
Ao abastecer um veículo movido exclusivamente a gasolina, é fundamental estar atento a sinais que possam indicar irregularidades no combustível fornecido. A escolha do posto de abastecimento pode impactar diretamente o desempenho do automóvel e até mesmo sua durabilidade.
Uma situação comum, mas pouco comentada, envolve a postura do frentista durante o atendimento, especialmente quando há uma sugestão para trocar de bomba sem uma justificativa clara. Em muitos casos, a orientação do funcionário para utilizar uma bomba diferente pode levantar suspeitas sobre a qualidade da gasolina oferecida.
Esse tipo de comportamento, aparentemente inofensivo, pode estar relacionado a práticas que visam mascarar a adulteração do combustível, principalmente pelo aumento do teor de etanol além do permitido pela legislação brasileira.
Por que a adulteração da gasolina preocupa motoristas?
A gasolina comercializada no Brasil deve seguir padrões rigorosos estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Um dos principais requisitos é o limite máximo de 27% de etanol anidro misturado à gasolina. Quando esse percentual é ultrapassado, especialmente em veículos que não são flex, o funcionamento do motor pode ser comprometido, causando falhas, perda de potência e até danos permanentes.
Além dos prejuízos mecânicos, a adulteração resulta em menor rendimento e aumento do consumo, afetando diretamente o bolso do consumidor. Por isso, identificar sinais de possíveis irregularidades é essencial para evitar transtornos e gastos desnecessários.
Como a postura do frentista pode indicar problemas na gasolina?
Uma das formas mais sutis de identificar possíveis fraudes está no comportamento do próprio frentista. Se, ao chegar para abastecer, o atendente sugere que o motorista de um carro a gasolina utilize uma bomba diferente daquela inicialmente escolhida, pode ser um indício de que a bomba anterior está com combustível fora dos padrões.
Essa prática costuma ocorrer em postos onde parte das bombas recebe gasolina com teor de etanol acima do permitido, destinada principalmente a veículos flex, que toleram variações maiores sem apresentar problemas imediatos.