O ciclo do ouro no Brasil, um período crucial da história colonial, durou aproximadamente um século, estendendo-se ao longo do século XVIII. Este período começou no final do século XVII, quando bandeirantes paulistas descobriram ouro em Minas Gerais. O auge da mineração de ouro se deu em meados do século XVIII, abrangendo também as regiões de Goiás e Mato Grosso.
Durante o ciclo do ouro, o Brasil tornou-se responsável por metade da produção mundial do mineral. Esse boom econômico não apenas atraiu muitos portugueses para o país, mas também provocou um significativo aumento populacional. A população brasileira saltou de cerca de 300 mil habitantes em 1700 para mais de 3 milhões em 1800.
O impacto do ciclo do ouro foi profundo e duradouro. A descoberta do ouro levou à urbanização e ao desenvolvimento de novas cidades, além de ter influenciado a construção de infraestrutura vital, como a Estrada Real. A riqueza gerada pela mineração impulsionou outras atividades econômicas e causou a transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763.
No entanto, o ciclo do ouro começou a declinar no final do século XVIII. A produção de ouro diminuiu drasticamente, levando muitos a abandonar as minas e dedicar-se a atividades como pecuária e agricultura. O ciclo do ouro deixou um legado significativo, incluindo o aumento do território nacional e o estímulo à Revolução Industrial na Inglaterra, financiada em parte pelo ouro brasileiro.
O ciclo do ouro moldou o Brasil colonial, e suas consequências ainda são sentidas na configuração econômica e territorial do país.