Por risco de segurança, Elon Musk precisa esperar pelo menos 4 meses para expandir empresa no Brasil
A Starlink, empresa do bilionário sul-africano Elon Musk, busca expandir sua operação no Brasil com a introdução de mais 7.500 satélites de baixa órbita. Atualmente, a empresa já possui autorização para operar 4.408 satélites até 2027. No entanto, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu adiar a análise dessa expansão por quatro meses, buscando informações adicionais para uma decisão mais embasada.
Os satélites de baixa órbita, também conhecidos como não geoestacionários, são fundamentais para a prestação de serviços de internet de alta velocidade, especialmente em áreas remotas. Esses satélites orbitam a Terra em velocidades que os tornam não estacionários para observadores em solo, permitindo uma cobertura mais ampla e eficiente.
Por Que a Análise da Anatel Foi Adiada?
A Anatel, responsável pela regulamentação das telecomunicações no Brasil, solicitou mais dados técnicos e regulatórios antes de prosseguir com a análise da expansão da Starlink. A agência enfatiza a importância do uso eficiente dos recursos de espectro e órbita, além da segurança dos dados e conformidade com as normas nacionais. Esses fatores são cruciais para garantir que a operação dos satélites seja segura e benéfica para o país.
“O uso eficiente dos recursos de espectro e órbita, a garantia da segurança dos dados, assim como o compliance com as normas nacionais que regem a exploração de satélites são pontos verificados na análise desse tipo de matéria”, disse a Anatel.
O adiamento da decisão foi unânime entre os conselheiros da Anatel, destacando a necessidade de uma avaliação cuidadosa. O relator do processo, conselheiro Alexandre Freire, foi incumbido de apresentar uma análise detalhada após o período de prorrogação.
Quais São os Próximos Passos para a Starlink no Brasil?
Com a decisão da Anatel de adiar a análise, a Starlink deverá aguardar a conclusão do processo regulatório antes de avançar com sua expansão. Durante esse período, a empresa precisará fornecer as informações adicionais solicitadas pela agência, demonstrando como pretende atender às exigências regulatórias brasileiras.
Se aprovada, a expansão permitirá à Starlink aumentar significativamente sua capacidade de cobertura no Brasil, beneficiando milhares de usuários em áreas remotas.