O Retorno ao Presencial Está Prejudicando a Produtividade no Trabalho
O retorno ao trabalho presencial vem gerando debates intensos, especialmente após a adoção de modelos híbridos durante a pandemia.
Empresas como Amazon, Boeing e Goldman Sachs estão abandonando a flexibilidade e exigindo que os funcionários voltem a trabalhar presencialmente cinco dias por semana.
No entanto, essa mudança tem impactos significativos na produtividade e no bem-estar dos funcionários.
Flexibilidade e Retenção de Talentos
A flexibilidade no trabalho é um fator determinante para a atração e retenção de talentos. Um estudo da Robert Half mostrou que mais de 70% dos profissionais consideram a flexibilidade como um critério crucial para escolher onde trabalhar.
Com a imposição de modelos totalmente presenciais, muitos funcionários buscam novas oportunidades de emprego, resultando em perda de talentos e, consequentemente, redução da produtividade.
Impacto nas Mulheres
Modelos de trabalho flexíveis são especialmente benéficos para mulheres, que frequentemente precisam conciliar trabalho e cuidados com os filhos ou familiares.
Segundo um estudo da McKinsey, 40% das mães com filhos pequenos teriam que deixar seus empregos se obrigadas a trabalhar presencialmente.
A perda de talentos femininos, assim como de outros grupos que dependem de flexibilidade, impacta negativamente a diversidade e a produtividade nas empresas.
Monitoramento e Microgerenciamento
Muitas empresas estão adotando mecanismos de controle para garantir a presença dos funcionários, como monitoramento de crachás. No entanto, essas práticas podem resultar em insatisfação e queda de desempenho.
Um estudo da Harvard Business Review mostrou que o monitoramento excessivo cria um ambiente de microgerenciamento, o que afeta diretamente a motivação dos colaboradores.
O retorno ao trabalho presencial também reduz o engajamento dos funcionários. Estudos indicam que profissionais que têm a possibilidade de escolher onde trabalhar se sentem mais motivados e produtivos.
Empresas que impõem políticas rígidas sem ouvir seus colaboradores tendem a enfrentar maior resistência e menor desempenho.