Novo sistema de refrigeração promete ser 48% mais eficiente que o ar-condicionado tradicional
Em um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade, a busca por alternativas aos sistemas tradicionais de ar-condicionado vem ganhando destaque. Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong estão desenvolvendo uma tecnologia inovadora chamada refrigeração elastocalórica. Esse sistema promete ser 48% mais eficiente em comparação aos métodos convencionais.
Os sistemas de ar-condicionado atuais dependem de compressores e gases refrigerantes, como os hidrofluorocarbonetos (HFCs), que têm um impacto negativo significativo no aquecimento global. A refrigeração elastocalórica, por outro lado, elimina a necessidade desses gases, utilizando ligas metálicas que mudam de temperatura sob pressão mecânica, oferecendo uma eficiência energética superior.
A tecnologia elastocalórica baseia-se em um fenômeno físico onde certos materiais, como ligas de níquel-titânio, alteram sua temperatura quando submetidos a deformações mecânicas. Quando uma força é aplicada a essas ligas, elas aquecem, e ao liberar a pressão, elas esfriam. Esse ciclo contínuo de aquecimento e resfriamento ocorre sem a necessidade de gases nocivos, tornando o processo mais ecológico.
Essa técnica foi inicialmente descoberta na década de 1980, mas é recente o seu aprimoramento para aplicações práticas. Em 2025, os pesquisadores conseguiram otimizar o uso de três ligas metálicas distintas, cada uma com características específicas, para maximizar a eficiência do sistema.
Perspectivas de mercado para a tecnologia elastocalórica
Embora a refrigeração elastocalórica ainda esteja em fase de testes, as expectativas são altas. Antes de sua comercialização, o sistema precisa passar por avaliações de viabilidade econômica e escalabilidade global. No entanto, os resultados preliminares são promissores, sugerindo que essa tecnologia pode revolucionar o mercado de refrigeração.
O estudo, publicado na revista Nature Energy, destaca o potencial da tecnologia para diversas aplicações, desde o uso em veículos elétricos até sistemas de resfriamento para residências e indústrias. A pesquisa sugere que a tecnologia pode melhorar a eficiência energética e reduzir os custos operacionais em uma variedade de contextos.