Ministério do Meio Ambiente aponta reviravolta no desmatamento na Amazônia
O desmatamento na Amazônia Legal registrou uma redução significativa no último ano, com 6.288 km² de floresta derrubada, o menor índice desde 2015. Essa queda foi identificada pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que comparou dados entre agosto de 2023 e julho de 2024 com o período homólogo.
No entanto, o Cerrado continua a liderar a supressão da vegetação nativa no Brasil, com 8.174 km² devastados, apesar de uma redução de 25,7% em relação ao ano anterior.
Os dados do Prodes são considerados os mais precisos para medir as taxas anuais de desmatamento, enquanto o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) fornece alertas mensais.
Embora os números do Prodes indiquem uma queda, os alertas do Deter mostram uma tendência de aumento, com um crescimento de 92% na área sob alerta em maio de 2025 em comparação com o mesmo mês de 2024.
Como os Dados de Desmatamento São Coletados?
O monitoramento do desmatamento na Amazônia e Cerrado é realizado por meio de dois sistemas principais: o Prodes e o Deter. O Prodes, operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), fornece dados anuais consolidados e é considerado mais preciso.
Em contraste, o Deter emite alertas diários, permitindo uma resposta mais rápida às mudanças na cobertura florestal.
Os dados preliminares do Prodes referem-se às “cenas prioritárias”, que cobrem as áreas mais críticas do bioma. A taxa consolidada de desmatamento é geralmente apresentada em novembro.
Quais São as Tendências no Cerrado e Pantanal?
Apesar da queda recente, os alertas do Deter indicam uma tendência de alta, com um aumento acumulado de 9,1% entre agosto de 2024 e maio de 2025 em comparação com o período anterior.
No Cerrado, a taxa anual de desmatamento caiu para 8.174 km² em 2024, marcando a primeira redução após cinco anos consecutivos de aumento. Os alertas do Deter também indicam uma tendência de queda, com uma redução de 22% entre agosto e maio, e 15% apenas em maio, em comparação com os mesmos períodos de 2023 e 2024.