Em dezembro de 2024, três capitais do Nordeste brasileiro se destacaram por oferecer os aluguéis residenciais mais acessíveis do país para imóveis de 50 metros quadrados. Teresina, no Piauí, lidera essa lista com o valor mais baixo, seguido por Aracaju, em Sergipe, e Fortaleza, no Ceará. Esses preços são significativamente menores quando comparados a cidades como São Paulo e Florianópolis.
Os valores dos aluguéis nessas capitais nordestinas são bastante competitivos. Em Teresina, o custo por metro quadrado é de R$ 22,49, resultando em um aluguel mensal de aproximadamente R$ 1.124. Aracaju apresenta um custo de R$ 24,90/m², totalizando R$ 1.245 mensais, enquanto em Fortaleza, o valor é de R$ 32,61/m², o que equivale a R$ 1.630 por mês.
Por que os Aluguéis Aumentaram em 2024?
O ano de 2024 registrou um aumento médio de 13,50% nos novos contratos de aluguéis residenciais, conforme o Índice FipeZAP. Este aumento foi inferior ao de 2023, que foi de 16,16%, mas ainda assim superou a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,83%. Isso resultou em uma alta real de 8,27% nos aluguéis, descontando a inflação.
Paula Reis, especialista do DataZAP, atribui esse aumento ao desempenho positivo da economia brasileira, especialmente no mercado de trabalho. A redução da taxa de desemprego contribuiu para uma maior demanda por imóveis, pressionando os preços para cima.
Qual o Impacto do Mercado de Trabalho nos Aluguéis?
O mercado de trabalho tem um papel crucial na dinâmica dos aluguéis residenciais. Em Aracaju, por exemplo, a taxa de desemprego em queda tem impulsionado a demanda por imóveis, resultando em um aumento médio de 13,5% nos aluguéis em 2024. Anderson Ramos, presidente da Associação de Corretores de Imóveis, destaca que o crescimento do emprego atrai mais pessoas ao mercado de locação, elevando os preços.
Além disso, o interesse de investidores de fora do estado tem aquecido o mercado imobiliário local, contribuindo para a valorização dos imóveis e, consequentemente, dos aluguéis.
Como o Censo de 2022 Reflete a Situação Atual?
O censo de 2022 do IBGE revelou que 66.894 pessoas vivem de aluguel em Aracaju, representando 30,61% da população da capital. Esses dados são fundamentais para entender a demanda por imóveis na região e como ela influencia os preços dos aluguéis.
Com uma parcela significativa da população optando por alugar, a pressão sobre o mercado imobiliário se intensifica, especialmente em um cenário de crescimento econômico e aumento do emprego.