É preciso cada vez mais dinheiro para se tornar um ‘ultrarrico’? Número de super-ricos dispara
Nos últimos anos, o número de indivíduos com patrimônios astronômicos tem aumentado significativamente em todo o mundo. Esta tendência reflete mudanças econômicas globais e está afetando o conceito do que significa ser considerado um “ultrarrico”. Este termo, historicamente associado a quem possui um patrimônio líquido de US$ 30 milhões ou mais, agora pode englobar indivíduos com ativos substancialmente maiores, de até US$ 100 milhões.
O conceito de riqueza extrema está em constante evolução, especialmente devido ao aumento drástico do número de pessoas com riquezas consideráveis. Este fenômeno tem sido analisado por diversas publicações especializadas, como a revista norte-americana Fortune, que aponta para uma transformação significativa nos parâmetros financeiros globais.
Quais são os novos critérios para ser considerado um ultrarrico?
Até recentemente, possuir US$ 30 milhões em ativos era suficiente para entrar no seleto grupo de indivíduos com grande riqueza. No entanto, de acordo com a consultoria francesa Capgemini, as exigências financeiras para se juntar a esse grupo aumentaram drasticamente. Um crescimento de 28% no número de pessoas com fortunas superiores a US$ 30 milhões foi observado ao longo dos últimos sete anos, ampliando as expectativas para investimentos e posses financeiras dos super-ricos.
O aumento no número de ultrarricos elevou o “padrão de entrada” neste clube exclusivo. Especialistas sugerem que para ser realmente considerado um membro legítimo deste grupo na economia atual, o patrimônio precisa agora girar em torno de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões.
Como a riqueza global está se distribuindo geograficamente?
Enquanto a América do Norte lidera o crescimento no número de ultra-ricos em termos absolutos, é na Europa que residem aqueles com as maiores fortunas acumuladas. Essa realidade foi destacada no Relatório da Riqueza de 2024, produzido pela consultoria inglesa Knight Frank. O documento enfatiza que o desempenho econômico robusto dos Estados Unidos, aliado ao forte impulso nos mercados acionários, tem impulsionado a riqueza global.
A consultoria destaca que atualmente existem mais de 626 mil indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto distribuídos globalmente. Estas mudanças são significativamente influenciadas pelas dinâmicas econômicas regionais e políticas monetárias específicas de cada país ou região.
O que impulsiona esse crescimento significativo de patrimônio?
Este aumento no número de super-ricos é atribuído a diversos fatores econômicos e financeiros. Primeiramente, o desempenho robusto das economias desenvolvidas, como a dos Estados Unidos, tem incentivado o crescimento da riqueza. Além disso, os mercados financeiros, especialmente ações e investimentos privados, têm proporcionado retornos elevados, contribuindo para o aumento do patrimônio dos ricos.
Outro fator fundamental é a globalização, que facilita a circulação de capital e a exploração de novas oportunidades de investimento em nível mundial. A inovação tecnológica e o empreendedorismo também têm desempenhado um papel vital no acúmulo de fortunas, à medida que novas indústrias e mercados emergem.
Qual é o impacto futuro desse crescimento na economia global?
O aumento no número de ultrarricos tem implicações significativas para a economia global. Um dos principais impactos é a concentração de riqueza, que pode influenciar a política econômica e fiscal nos países, além de afetar a desigualdade de renda entre diferentes grupos sociais. Essa concentração também pode levar a novas oportunidades de investimento e ao crescimento de indústrias voltadas para atender esse nicho seleto.