A Ampliação do Bolsa Família está Desestimulando o Trabalho?

Desde 2021, o Bolsa Família passou por uma expansão significativa, suscitando discussões sobre seus efeitos no mercado de trabalho brasileiro. 

O economista Daniel Duque, do IBRE-FGV, conduziu um estudo detalhado sobre os impactos dessa ampliação na participação de trabalhadores vulneráveis. 

Utilizando dados regionais e demográficos da PNADC, Duque analisou o efeito do aumento dos benefícios na economia e na oferta de trabalho.

Impacto no Mercado de Trabalho

Com o aumento do valor básico do Bolsa Família para R$ 600 em 2021, o estudo de Duque apontou uma queda na participação no mercado de trabalho, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. 

Jovens, mulheres e trabalhadores de baixa qualificação foram os mais impactados. Embora a ampliação tenha contribuído para a redução da pobreza, ela também diminuiu a oferta de mão de obra, criando desafios econômicos.

Melhorias Propostas

Duque sugere que a expansão do Bolsa Família deveria ter sido feita de forma mais gradual. Ele propõe:

  1. Manter o benefício básico sem grandes aumentos rápidos.
  2. Expandir benefícios variáveis de maneira progressiva.
  3. Implementar políticas de qualificação para os beneficiários, incentivando sua participação no mercado de trabalho.

Quem Pode Utilizar o Bolsa Família?

O Bolsa Família é destinado a famílias cuja renda mensal por pessoa seja de até R$ 218. Mesmo quem trabalha com carteira assinada, é Microempreendedor Individual (MEI) ou possui outras fontes de renda pode se qualificar. 

Para participar, é necessário se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) e aguardar a análise feita pelo sistema do governo. A entrada no programa depende também do orçamento disponível.

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