Brasil surpreende e sobe quatro posições em ranking global

O Brasil alcançou em 2025 sua melhor posição no Anuário de Competitividade do IMD desde 2021, subindo para o 58º lugar entre 69 países avaliados. Esse avanço reflete uma série de melhorias em áreas como desempenho econômico e eficiência das empresas, mas também revela desafios estruturais que ainda precisam ser superados para garantir uma presença mais sólida no cenário internacional.

O estudo, realizado em parceria com o Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), aponta que, apesar de oscilações ao longo da última década, o Brasil conseguiu reverter parte das quedas recentes. Após enfrentar um dos piores desempenhos em 2024, o país foi impulsionado por uma recuperação econômica, o que abriu espaço para uma reflexão sobre oportunidades e obstáculos que se apresentam no contexto global.

Quais fatores impulsionaram o Brasil no ranking de competitividade?

O desempenho brasileiro no ranking de competitividade foi influenciado por uma combinação de fatores econômicos e institucionais. Entre os destaques positivos, estão o fluxo de investimento direto estrangeiro, que colocou o país na 5ª posição mundial, e o crescimento de longo prazo do emprego, figurando em 7º lugar. Além disso, o Brasil obteve destaque em subsídios governamentais, atividade empreendedora em estágio inicial e participação em energias renováveis.

Esses indicadores mostram que políticas públicas voltadas para setores estratégicos e incentivos à inovação têm surtido efeito. No entanto, especialistas alertam que a distribuição de subsídios deve ser feita com cautela, para evitar distorções e garantir que o apoio a determinados setores não prejudique o desenvolvimento de outras áreas igualmente importantes.

Desafios estruturais: o que ainda limita a competitividade do Brasil?

Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta obstáculos que limitam seu potencial competitivo. Entre os principais desafios, destacam-se:

  • Custo de capital elevado e altos níveis de dívida corporativa;
  • Qualidade da educação e deficiências em habilidades linguísticas;
  • Produtividade da força de trabalho e escassez de mão de obra qualificada;
  • Ambiente regulatório complexo e burocrático;
  • Baixa inserção internacional e restrições à abertura econômica.
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