Estudo mostra em que momento da vida as pessoas costumam lidar melhor com o dinheiro
O gerenciamento das finanças pessoais é uma habilidade que acompanha as pessoas ao longo da vida, ganhando novos contornos com o avanço da idade. Entre adultos mais velhos, a experiência acumulada pode contribuir para uma administração financeira mais eficaz, especialmente quando se trata de decisões cotidianas e planejamento de longo prazo.
Estudos recentes demonstram que, na ausência de condições que afetem a cognição, muitos idosos mantêm — e até aprimoram — sua capacidade de lidar com dinheiro. Ao longo dos anos, o contato frequente com questões como orçamento doméstico, pagamento de contas e planejamento de aposentadoria tende a fortalecer a autonomia financeira dos mais velhos.
No entanto, é importante reconhecer que o surgimento de doenças neurodegenerativas, como a demência, pode alterar significativamente esse cenário, exigindo atenção redobrada de familiares e cuidadores.
Como a idade influencia o gerenciamento das finanças pessoais?
Com o passar do tempo, muitos adultos desenvolvem estratégias próprias para administrar seus recursos, baseando-se em experiências anteriores e aprendizados adquiridos. Pesquisas apontam que a maturidade contribui para uma maior consciência sobre gastos, investimentos e prioridades financeiras.
Além disso, a necessidade de planejar a aposentadoria estimula o desenvolvimento de habilidades analíticas e de organização. O estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Binghamton, em Nova York, acompanhou cerca de 2.800 idosos ao longo de uma década, avaliando tanto a percepção dos participantes sobre sua capacidade financeira quanto seu desempenho em testes práticos.
Os resultados indicaram que, em geral, os idosos apresentaram bom desempenho, demonstrando aptidão para tomar decisões financeiras acertadas e para avaliar suas próprias competências nesse campo.
Quais desafios surgem com o declínio cognitivo?
Apesar dos avanços naturais na gestão do dinheiro ao longo da vida, o aparecimento de quadros de demência pode comprometer significativamente essa habilidade. Condições como a Doença de Alzheimer afetam a memória, o raciocínio e a capacidade de julgamento, tornando mais difícil para o idoso perceber suas próprias limitações.
Um dos sintomas comuns é a anosognosia, que consiste na falta de consciência sobre a própria condição, dificultando a autoavaliação das capacidades financeiras.