O governo federal está promovendo uma ampla reforma no serviço público, buscando adequar as funções dos servidores às necessidades atuais. Em um mundo cada vez mais digital e terceirizado, cargos como datilógrafo e ascensorista estão sendo revisados para extinção ou adaptação. Essa iniciativa, liderada pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), visa atualizar a administração pública para enfrentar os desafios do século XXI.
Estima-se que cerca de 30 mil cargos atualmente existentes estejam desatualizados. Além disso, outras 44.218 vagas podem ser incorporadas nesse processo de modernização. O secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr., observa que essas funções foram importantes no passado, mas hoje não se adequam mais ao funcionamento moderno da administração pública.
Qual é o Impacto da Reforma no Setor Educacional?
Uma medida provisória recente transformou cerca de 29,7 mil cargos considerados obsoletos em 25,7 mil novas vagas, com um foco significativo no setor educacional. A maior parte dessas novas posições será destinada a apoiar os cem institutos federais planejados para serem implementados até o final da atual gestão. Esta estratégia visa fortalecer a educação pública e adequá-la às novas exigências sociais e tecnológicas.
Além disso, o governo está desenvolvendo duas novas carreiras de atuação transversal no serviço público. Essas carreiras permitirão maior flexibilidade e mobilidade entre diferentes áreas, promovendo uma atuação mais integrada e eficiente dos órgãos governamentais.
Como a Reestruturação Afeta o Orçamento?
O Ministério da Gestão assegura que essa reestruturação não acarretará em impacto financeiro adicional para o orçamento da União. Os recursos necessários para essas mudanças já estão previstos no orçamento de 2025. A ministra Esther Dweck, que lidera a pasta, deve anunciar em breve mais detalhes sobre os concursos e as novas oportunidades que surgirão com essas alterações.