Universidades estão cortando serviços essenciais após determinação do Governo Federal
As universidades federais do Brasil enfrentam um cenário desafiador em 2025 devido a restrições orçamentárias impostas por um decreto governamental. Este decreto limita o uso mensal do orçamento das instituições, permitindo que apenas pouco mais de 60% do valor previsto no início do ano seja utilizado entre maio e novembro.
Essa situação tem levado as universidades a adotar medidas emergenciais para manter suas operações, como cortes em serviços essenciais e priorização de pagamentos.
Entre as instituições afetadas, a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) destaca-se como um exemplo de como os cortes orçamentários impactam diretamente a operação diária. Com um orçamento mensal de R$ 4 milhões, a Ufal enfrenta dificuldades para cobrir despesas que somam R$ 6 milhões, necessitando de R$ 9 milhões para funcionar adequadamente.
A situação levou a universidade a reduzir contratos de limpeza e segurança, além de outras medidas de contenção de custos.
Quais são as consequências dos cortes orçamentários?
Os cortes orçamentários nas universidades federais têm uma série de consequências significativas. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, enfrenta uma dívida de R$ 61 milhões e precisa escolher quais contas pagar, resultando em estruturas deterioradas e aulas suspensas por falta de recursos básicos como luz e água.
A restrição de recursos também afeta diretamente o ensino, com cancelamento de aulas e disciplinas não oferecidas devido à falta de infraestrutura adequada.
Além disso, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) adotaram medidas como a restrição do uso de transporte interno e a suspensão da aquisição de equipamentos, respectivamente. Essas ações são reflexo da necessidade de priorizar pagamentos e renegociar contratos para lidar com o orçamento limitado.
Como as universidades estão lidando com a situação?
As universidades estão adotando diversas estratégias para lidar com a situação orçamentária desafiadora. O Cefet-MG, por exemplo, suspendeu reformas e a compra de insumos laboratoriais, enquanto a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) destaca a importância de pagamentos contínuos para compromissos essenciais.