Cientistas descobrem jeito ‘diferentão’ de gerar eletricidade
Um grupo de cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, propôs uma ideia inovadora: gerar eletricidade a partir da energia da rotação da Terra. Este conceito, que começou a ser desenvolvido em 2016, está em fase experimental e tem gerado debates acalorados na comunidade científica.
O estudo, publicado em 19 de outubro de 2025, detalha um dispositivo que utiliza condutores e eletrodos feitos de ferritas de manganês e zinco para captar essa energia. O dispositivo, segundo os pesquisadores, foi capaz de gerar 17 microvolts de eletricidade.
Embora este valor seja uma fração minúscula da tensão gerada por um neurônio, ele representa um passo inicial em uma área de pesquisa que poderia revolucionar a forma como entendemos e utilizamos fontes de energia renovável. No entanto, a viabilidade prática e a eficácia desse método ainda são questões em aberto.
Como Funciona o Dispositivo?
O dispositivo desenvolvido pelos cientistas é composto por eletrodos e condutores posicionados em um ângulo de 57 graus, perpendicular ao movimento de rotação da Terra e ao seu campo magnético. Esta configuração é crucial para a geração de eletricidade ao permitir que o dispositivo interaja com o campo magnético terrestre de maneira específica.
Os pesquisadores afirmam que o dispositivo foi ajustado para evitar a reorganização dos elétrons, um fenômeno que poderia anular a geração de eletricidade. Para isso, utilizaram um material especial que mantém a força eletrostática constante, impedindo a interferência no processo de geração de energia.
Por que Há Ceticismo na Comunidade Científica?
Apesar dos resultados promissores, muitos cientistas permanecem céticos quanto à viabilidade do conceito. A ideia de gerar eletricidade a partir da rotação da Terra não é nova e tem sido debatida desde os primórdios do estudo do eletromagnetismo. Críticos apontam que isolar a pequena tensão gerada de outras influências físicas é um desafio significativo.
Rinke Wijngaarden, um físico aposentado que acompanha o projeto desde 2016, expressou dúvidas sobre a teoria. Ele tentou replicar os resultados em seus próprios experimentos, mas não obteve sucesso. Para ele, a teoria ainda não é convincente o suficiente para ser considerada uma solução viável.