Produto quase sempre presente na mesa dos brasileiros ficou 77% mais caro em 12 meses

Em 2025, a produção de café enfrenta desafios significativos devido a fatores climáticos adversos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relatou um aumento de 30% nos preços do café, impulsionado por uma redução na oferta global.

A safra de café no Brasil, um dos maiores produtores mundiais, deve ser 5,8% menor em comparação ao ano anterior, principalmente devido à queda na produção de café arábica.

O fenômeno da bienalidade negativa, característico da espécie arábica, contribui para essa redução. Após uma safra produtiva, a planta naturalmente produz menos no ciclo seguinte. Além disso, os produtores enfrentaram condições climáticas desafiadoras, como calor extremo e seca, que afetaram negativamente o desenvolvimento das plantas.

Quais fatores influenciam o aumento dos preços do café?

O aumento dos preços do café pode ser atribuído a diversos fatores. Em primeiro lugar, as condições climáticas adversas, como calor intenso e seca, prejudicaram a produção, levando as plantas a abortarem seus frutos para sobreviver. Isso resultou em uma menor oferta de café no mercado, pressionando os preços para cima.

Além disso, o custo logístico aumentou devido a conflitos geopolíticos, como as guerras no Oriente Médio, que encareceram o transporte internacional. O aumento do consumo global de café, especialmente em mercados emergentes como a China, também contribuiu para a pressão sobre os preços.

Como o consumo de café está evoluindo?

Apesar do aumento dos preços, o consumo de café continua a crescer. No Brasil, o consumo aumentou 1,1% entre janeiro e outubro de 2024, embora o consumo per capita tenha diminuído ligeiramente. Os consumidores brasileiros, conhecidos por sua resiliência, costumam manter estoques em casa, o que lhes permite adiar compras em momentos de alta de preços.

No cenário internacional, o Brasil está expandindo suas exportações para novos mercados, como a Ásia, onde o consumo de café está em ascensão. Países desenvolvidos, menos sensíveis a variações de preço, também continuam a demandar a bebida, sustentando o crescimento do mercado global.

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