Risco para quem trabalha na exploração de petróleo é bem maior do que imaginávamos
O setor de petróleo e gás no Brasil é uma das áreas mais críticas da economia, responsável por uma parcela significativa da produção energética do país. No entanto, as atividades de exploração e produção não estão isentas de riscos, como demonstram os dados recentes sobre acidentes.
Em 2024, foram registrados 731 incidentes, um aumento em relação ao ano anterior, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Esses números não apenas refletem um aumento no número de acidentes, mas também destacam a gravidade das ocorrências. No mesmo ano, 183 pessoas ficaram feridas, das quais 78 sofreram ferimentos graves. Além disso, uma morte foi registrada, mantendo o mesmo número de fatalidades de 2023, quando 166 pessoas ficaram feridas, 67 delas com gravidade.
Quais são os impactos ambientais dos acidentes na exploração de petróleo?
Os acidentes na indústria de petróleo não afetam apenas os trabalhadores, mas também têm consequências significativas para o meio ambiente. Em 2024, houve despejos consideráveis de substâncias nocivas no ambiente.
Foram liberados 52,91 mil litros de óleo, além de grandes quantidades de fluidos sintéticos de perfuração e outros aditivos químicos. Esses despejos podem causar danos duradouros aos ecossistemas marinhos e terrestres.
Além dos líquidos, o setor também liberou 2.955 metros cúbicos de gás natural no ambiente. Esses eventos sublinham a necessidade de medidas mais rigorosas de segurança e monitoramento para minimizar os impactos ambientais das operações de petróleo e gás.
Como a ANP monitora e investiga os acidentes?
Desde 2022, a ANP tornou obrigatória a comunicação de acidentes e a submissão de relatórios de investigação. O Painel Dinâmico de Incidentes em Exploração e Produção é uma ferramenta essencial para o monitoramento desses eventos. Ele compila dados de acidentes, fornecendo uma visão abrangente dos riscos associados à indústria de petróleo no Brasil.