10 ditados populares que você pode estar falando errado

Ditados populares são parte integrante da cultura oral, transmitidos de geração em geração. Eles carregam sabedoria, humor e, muitas vezes, críticas sociais. No entanto, como toda tradição oral, essas expressões sofrem alterações ao longo do tempo, resultando em versões distorcidas ou sem sentido.

Qual é a origem de “cuspido e escarrado”?

A expressão “cuspido e escarrado” é frequentemente confundida com “esculpido em carrara”. Enquanto a segunda faz referência ao mármore de Carrara, na Itália, a forma correta é “cuspido e escarrado”. Esta expressão vem do português arcaico e significa que alguém é muito parecido com outra pessoa, como se tivesse sido “cuspido” de dentro dela.

Por que dizemos “corro de burro quando foge”?

O ditado “cor de burro quando foge” é, na verdade, uma distorção de “corro de burro quando foge”. A expressão original remete à ideia de fugir rapidamente de uma situação confusa, semelhante a alguém que sairia correndo ao ver um burro desgovernado.

Quem tem boca vaia Roma?

Outro ditado comumente falado de forma errada é “quem tem boca vai a Roma”. O correto é “quem tem boca vaia Roma”, onde “vaia” significa vaiar. Este provérbio sugere que quem tem voz pode expressar-se e protestar, como acontecia na Roma antiga.

Outros Ditados Populares e Suas Correções

  • “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”: O correto é “espalha a rama”;
  • “Hoje é domingo, pé de cachimbo”: A forma correta é “pede cachimbo”;
  • “Ossos do ofício”: Apesar da confusão com “ócios do ofício”, a expressão correta é “ossos do ofício”;
  • “Quem não tem cão caça com gato”: A versão correta é “quem não tem cão, caça como gato”;
  • “Quem pariu Mateus que o balance”: A expressão correta é “quem pariu, que o mantenha e balance”;

Curiosidades extras

Alguns ditados populares possuem múltiplas versões aceitas. Por exemplo, “parece que tem bicho-carpinteiro” pode ser interpretado como “parece que tem bicho no corpo inteiro”. Ambas as versões transmitem a ideia de inquietação. Já “enfiou o pé na jaca” tem uma variação com “enfiou o pé no jacá”, referindo-se ao exagero, seja na bebida ou na comida.

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